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segunda-feira, 7 de maio de 2012

Especialista do MS esclarece superstições passadas para as grávidas

Especialista do MS esclarece superstições passadas para as grávidas.




Durante a gravidez, as futuras mamães recebem diversos conselhos, muitas vezes, sem fundamento científico. Beber cerveja preta produz mais leite materno? Azia é sinal de que o bebê é cabeludo? Peixes, carnes e ovos crus devem ser evitados pela gestante? Ginecologista e obstetra do Centro Obstétrico do Hospital Conceição (RS), vinculado ao Ministério da Saúde, Ivete Teixeira Canti, explica estas e outras superstições passadas de geração em geração para as mulheres.
“Não existe nenhum trabalho na literatura que relacione formato da barriga da gestante com sexo do bebê, azia da mãe com cabelo no bebê, ou mudança de fase da lua com o nascimento. São mitos, não tem nenhuma evidência à luz da ciência”, pondera a médica.
Tipos de parto - Outra crendice comum é acreditar que depois de uma cesárea é impossível ter parto natural e que bebê grande é certeza de cesárea. “Depende da proporção entre o tamanho do bebê, da bacia da mãe, por causa da dificuldade de sair o ombro do neném. Mas não é uma indicação formal para crianças com menos de 4,5 kg”, observa.
Alimentação - Quando o assunto é nutrição, a médica frisa que durante a gestação e período da amamentação a mãe deve ter uma alimentação equilibrada, com proteínas magras, vegetais, legumes, frutas sem cascas e tomar bastante líquido. O ideal é evitar pão, bolos e refrigerantes e comer fibras para diminuir a prisão de ventre, comum neste período.
“A mãe não precisa comer por dois e nem comer de menos e ter carência de nutrientes, para não prejudicar a própria saúde e a formação do bebê. Uma mulher que estava com o peso normal antes de engravidar deve engordar até 12 kg. Se estava abaixo, pode engordar até 16 kg. Mas se estava acima do peso, o recomendado é engordar até 8 kg durante a gravidez”, explica a especialista.
Canjica e cerveja preta - “Cientificamente não está comprovado que nenhum alimento interfere na produção do leite, como a cerveja preta e a canjica, ou aumente cólica nos bebês. Os pediatras observam que alguns alimentos mudam o gosto do leite, como o repolho”. De acordo com ginecologista, o cafezinho está liberado, desde que apenas duas xícaras pequenas por dia. Outra recomendação é não tomar bebidas alcoólicas.
Alimentos crus - Peixes e carnes crus devem ser evitados se a gestante não conhecer a procedência, para evitar doenças como a toxoplasmose. Também é importante evitar ovo cru, por causa da salmonela. “Cuidados higiênicos dietéticos, como lavar verduras e frutas são muito importantes. Por isso, é recomendado evitar comer saladas cruas na rua”, diz.
Hidratação dos seios - Outro mito é sobre o cuidado que as mães devem ter com os mamilos. A ginecologista e obstetra do Centro Obstétrico do Hospital Conceição explica que a mulher deve hidratar a pele normalmente e não precisa esfregar os mamilos com bucha na intenção de aumentar a resistência. “Durante a amamentação não precisa ficar lavando várias vezes. O próprio leite cria uma proteção. Também aconselhamos tomar sol durante 15 minutos, porque deixa o mamilo mais resistente”, aconselha.
Cuidado com o sol - Quando o assunto é sol, ela alerta que as grávidas, por causa dos hormônios, podem sim desenvolver manchas na pele quando expostas sem proteção. “Os cuidados devem ser redobrados. Sempre que sair, usar protetor com FPS 30 no rosto e evitar sol no período da tarde”, frisa.

Fonte: Ana Paula Ferraz/ Comunicação Interna do Ministério da Saúde

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